quinta-feira, 28 de junho de 2012

Te Amarei Sem Medo

até que minha boca sacie essa sede...
até que meus olhos afastem teu desenho...
até que meu corpo esqueça teu peso...
até que meus cabelos não sintam teu sopro...
até que minha nuca não tenha arrepios...
até que minha pele não recorde tua mão...
até que meu sorriso não veja tuas loucuras...
até que meu silencio não me traga noticias suas...
até que minhas mãnhas não me tragam teu gosto de primavera...
até que minhas tardes não me lembrem nossas fugidas...
até que minhas noites não me devolvam você com o gosto suave do vinho...

até que eu consiga dizer adeus sem medo de me arrepender...

eu te amarei sem medo de dizer, Te Amo...

Querer Ofegante

Em meio às lágrimas eu vejo dádivas alcançadas...
Eu me pergunto se com tantas diretrizes
Existem sentimentos sinceros em um coração gélido,
Meu amor é de um pesar lastimante,
Minha paixão é uma dose de embriaguez nostálgica,
O carinho que te quero é de um todo, martirizante!
A lágrima de que falo escorre solitária
Redesenha minha face e se finda em meu colo...
Um colo frio...
Sem desejo...
Sem amor...
Um rio...
Um rio de lágrimas é o que se encontra meu seio...
Em minha boca o gosto do teu beijo sangrado,
Em meus olhos o negror da tua ausência,
Em minha mente a aleivosia do teu sorriso.
Quero da tua partida apenas um beijo de despedida...
Ou arranque de meu adorno o coração sanguinário que te implora.

simplesmente

não sei se são seus olhos ou seu sorriso...
não sei se é tua boca ou tuas mãos...
não sei se são teus cabelos ou tua pele...

não sei se sim ou se não...

mas algo em vc me deixa sem saber de nada.!

Amor Sanguinário

Essa noite eu saí atrás das sensações.
À míngua do enfado, me vejo prestes a expulsar do meu corpo
Um coração que me parece um intruso,
Já não reconheço o que de fato quero...
E quanto ao vento...
O vento, aparentemente raivoso, me amedronta.
O frio de uma noite solitária me toma o chão,
E o devolve em crateras.
Sentada numa cela a cavalgar como um arqueiro
Que precisa fugir do inimigo,
Assim, eu também corro na pressa de fugir de mim mesma.
O vento que me toma a face tem o gosto amargo da solidão...
Do vazio da despedida.
O cheiro da mata verde que outrora me remetia a infância,
Agora exala um odor podre;
Um cheiro de amor puro.
Quantas noites vim te visitar?
-não. Não responda.
Não quero pedidos de perdão
Não quero falsas promessas
Nem juras incessantes e torpes.
As ruas vazias me lembram de ti,
As arvores tomando os lugares das casas e das pessoas
Também te trazem a minha mente.
Podre como carniça é o que sinto...
Essa rasga mortalha me devora,
Esse silencio me ensurdece
E a tua ausência é como pregos e vidros enfiados em meus olhos.
Direi adeus a tudo, uivarei a noite toda por teu nome...
E se não vieres até o amanhecer
Despertarei para a eternidade!