sábado, 10 de julho de 2010

Ah! A saudade...

Por entre lágrimas talvez de tristeza,
Talvez solidão, talvez por amor...
Na mesa de um bar, que outrora estivera lotado
Mas agora se vê vazio.
A não ser, claro, pela menina que lhes escreve
E pelas várias mesas e cadeiras vazias
Prostradas num cenário lindo.
Por detrás do bar,
A vastidão de um lindo rio amazônico,
Que fora banhado pelo amor e beleza divinos.
Metros e metros desenham o percurso de um trapiche
Em cuja ponta, o vento ainda mais forte
Dilacera meu coração
E aflora meus sentimentos.
Metros ao lado, uma escultura que concretiza a fé de muitos.
Enquanto que a minha cresce aqui dentro
E concretiza-se em tudo o que por Deus fora feito,
Inclusive e principalmente
Por teu amor que faz tanta falta.
Aqui próximo,
Ainda na direção em que meus olhos preferem fitar
Um monumento histórico
Tão belo quanto as demais coisas aqui descritas.
Mais belo ainda é recordar
O que provavelmente ocorrera ali,
É incrível imaginar-se vivendo essa história de décadas atrás.
O aperto aqui dentro torna-se ainda maior...
A saudade do teu abraço e a imagem de um povo em desespero,
Pessoas sendo humilhadas
Maltratadas
Mães em desespero tentando salvar suas crias
Tanto fora quanto dentro de sua própria barriga
Tudo isso me consome de tal forma...
Triste povo aquele.
O monumento permanece
Agora como um motivo de alegria,
Demos um passo à frente
Destrinchamos a nostalgia.
Tua ausência me traz tristeza,
A falta de teus braços me desanima.
As conversas cara a cara deixam saudade,
A perda das brigas também não me anima.
Teu amor é tudo MÃE!
É o motivo de minha alegria,
Ainda que o sol brilhe
E em mim permaneça vida
Apenas você incentiva a existência de tua cria...

Kássia Modesto

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